Este salmo foi provavelmente escrito durante ou após o exílio babilônico (586-538 a.C.), quando o povo de Israel foi levado cativo para a Babilônia. Esse evento foi um período de grande sofrimento e desolação para os israelitas, e o salmo reflete essa dor e angústia.
Lamento e Saudade (v. 1-3)
Os exilados estão profundamente entristecidos, expressando sua dor ao lembrar de Sião (Jerusalém). As margens dos rios de Babilônia servem como um cenário de lamento, onde as harpas são penduradas, simbolizando a cessação da alegria e da música. Os opressores exigem canções de alegria, acrescentando a humilhação e sofrimento ao povo israelita.
Dilema e Lealdade (v. 4-6)
O dilema de cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira mostra a dificuldade de manter a identidade em um contexto de exílio. A lealdade a Jerusalém é evidenciada de forma enfática, com o salmista expressando que esquecer Jerusalém seria uma traição tão grave que ele preferiria perder suas habilidades mais preciosas.
Pedido de Vingança (v. 7-9)
Estes versículos são os mais controversos e difíceis do salmo, pois expressam um desejo intenso de vingança contra os edomitas e os babilônios. Os edomitas são lembrados por sua traição durante a queda de Jerusalém, enquanto a “filha da Babilônia” é amaldiçoada com um desejo de retribuição severa.